Epidermólise bolhosa

Em geral, as formas leves de Epidermólise Bolhosa (Epidermólise Bolhosa Simples) são passadas de uma geração para a seguinte, ou seja, transmissão dominante.As formas graves de Epidermólise Bolhosa como a 'Distrófica' (Epidermólise Bolhosa Distrófica) ou a 'Juncional' (anteriormente conhecida como 'Letal') são transmitidas através de herança recessiva. Isso significa, que ambos os pais trazem o gen para a doença, embora eles próprios não sejam acometidos. Atualmente, não é possível comprovar se uma pessoa é portadora de Epidermólise Bolhosa Distrófica. Sobre esse problema vêm sendo feitas pesquisas. Também existe a possibilidade de um exame diagnóstico ainda no feto, para se reconhecer formas graves da Epidermólise Bolhosa Distrófica já na gravidez.
Bolhas existem geralmente já ao nascimento ou se formam alguns dias depois. Em algumas formas de Epidermólise Bolhosa Simples a doença se apresenta mesmo somente na adolescência. Nos estágios iniciais pode-se confundir a doença com uma infecção da pele e, somente quando a formação de bolhas é detida, após demorada cura ou após a formação de cicatriz, é que fica claro o diagnóstico. Através da análise de uma pequena amostra de pele em microscópio eletrônico, pode-se comprovar qual o tipo de Epidermólise Bolhosa do qual a criança sofre.
Nas primeiras semanas de vida, o recém-nascido pode permanecer com freqüência no hospital porque problemas como infecções, anemia, baixo peso e carência protéica devem ser tratados.
Nos primeiros dias o bebê pode ser cuidado, sem roupas, em um quarto com medidas de proteção, para diminuir o risco de uma infecção.O bebê deve ficar deitado sobre uma espuma de borracha estéril, coberta com um lençol de seda ou de algodão macio, para diminuir a pressão, para permitir a circulação do ar e para possibilitar que o bebê seja levantado, sem o contato direto. Além disso , é algumas vezes razoável, manter braços e pernas unidos, para que o bebê não se machuque através dos seus próprios movimentos.
Na Epidermólise Bolhosa Simples, a formação de bolhas surge com freqüência na infância, mas diminui, para a maioria, no começo da puberdade. Um adulto com Epidermólise Bolhosa Simples tem freqüentemente menos problemas, embora a tendência para a formação de bolhas permaneça por toda a vida.
Especialmente para as crianças fortemente ameaçadas por infecções é muito importante que a mãe seja encorajada a amamentar ou, pelo menos, retirar o leite com uma bombinha e oferecer à criança na mamadeira e assim, se beneficiar das vantagens que o leite materno tem em relação aos outros leites. Surgem bolhas na boca, o sugar pode transcorrer lentamente. Nesse caso, um bico de mamadeira macio, para o recém-nascido, com um orifício relativamente grande, pode ajudar (a abertura do bico da mamadeira pode ser aumentada com uma agulha quente). Muito cuidado para que o bebê não engasgue, já que o leite fluirá mais depressa.
Quando a boca do bebê está muito ferida, ele pode se negar a sugar. Nesse caso, o alimento será oferecido com uma pequena colher ou um grande conta-gotas, até que a boca esteja curada.
machuque. Por isso é melhor começar com purês e alimentos diluídos e então, gradativamente, substituir por alimentos sólidos, quando a criança os tolerar bem.
Na escolha dos alimentos deve-se preferir alimentos ricos em fibras, como pão de centeio, pães integrais, frutas frescas e legumes, para que não se tenha problemas de digestão. Crianças maiores de 2 anos podem receber farelos (de trigo) como suplemento.
Para crianças com dificuldade de deglutição, a alimentação pode vir a ser uma tortura porque, primeiro, é dolorosa e, segundo, pode durar muito tempo. Por isso é adequado introduzir-se apenas pequenas porções de refeição, 5 a 6 vezes por dia. Essa comida deve ser diluída, mesmo quando a criança ja é maior.
É freqüente a formação de bolhas e fissuras na região anal, levando à evacuação bastante dolorosa, de tal forma que a criança tende à "prisão de ventre". Isso pode produzir um ciclo vicioso. Prolongada, a constipação intestinal pode conduzir a mais fissuras anais, mais dores e à recusa em esvaziar o intestino.
A melhor forma de ajudar é oferecer uma alimentação rica em fibras, bastante líquido, frutas e legumes. Quando, apesar dessas medidas, a constipação intestinal acontece, deve-se buscar conselho médico para que um laxante seja dado, o que amolece as fezes. Aqui deve ser alertado, que o uso regular de laxativo leva a uma rápida adaptação do intestino ao medicamento, ficando dependente dele.
A córnea é a parte transparente da região anterior dos olhos. Distúrbios nos olhos acontecem através da fricção. Essa conduz à formação de bolhas nas pálpebras, à escoriações da córnea e à inflamação.
Importante para a proteção dos olhos é manter a criança afastada de vento, calor seco ou luz forte, para impedir a irritação, coceira e o esfregar dos olhos. Ocasionalmente, pomadas para os olhos e o uso de óculos podem ajudar como prevenção.
  Devido ao fato de que as escovas de dentes podem provocar a formação de bolhas e a inflamação das gengivas, a presença de cáries é freqüente, especialmente porque o esmalte dentário na criança com Epidermólise Bolhosa não é bem formado. A criança deve, tão cedo quanto possível, ser habituada a uma rigorosa limpeza bucal. O constante chupar de balas e outras guloseimas deve ser desaconselhado. A criança deve ir regularmente ao dentista, preferivelmente naquele que tem experiência e conhecimentos sobre essa doença.

Aderência dos dedos Isso acontece somente com as crianças que sofrem de formas graves de Epidermólise Bolhosa. A aderência acontece quando ocorre a formação constante de bolhas entre os dedos dos pés e das mãos. Algumas crianças perdem todas ou várias unhas.
Para evitar a aderência é aconselhável agir logo, aplicando-se, cuidadosamente, gaze com vaselina entre os dedos dos pés e das mãos e, para encerrar, colocar faixa e uma tala especial. Deve-se ficar atento para que essa não friccione a pele.
Tanto quanto possível, as crianças com Epidermólise Bolhosa devem freqüentar a escola normal. A sua inteligência não é afetada pela doença. Os professores e os colegas devem ser informados sobre a doença, para que se comportem adequadamente e para que saibam, que a Epidermólise Bolhosa não é contagiosa. Uma boa formação escolar é muito importante para as crianças acometidas por Epidermólise Bolhosa porque mais tarde, devido à doença, as oportunidades profissionais serão reduzidas. Quando a criança ficar mais velha, ela será consciente das suas limitações corporais. Alguns tipos de atividades esportivas são inadequados. Para isso elas recebem um atestado médico.
Em acordo com o médico, as crianças podem receber quase todas as vacinas. Desaconselháveis são apenas as vacinas nas quais a pele será irritada como, por exemplo, na vacina contra a varíola.
As vacinas são extremamente importantes para as crianças com Epidermólise Bolhosa porque todos os micróbios podem facilmente penetrar no corpo, através das lesões da pele. Conselho: uma vacina importante é aquela contra a catapora. Consulte seu médico ou a Associação.

Esta é a foto de uma menina de 7 anos acometida da forma mais grave da epidermólise bolhosa, seus dedos dos pés e das mãos já estão unidos, e infelizmente só poderão ser soltos futuramente por meio de cirurgia.
Achei importantíssimo postar esta notícia para que todos nós possamos ajudar todas as pessoas que infelizmente sofrem com esta doença, especialmente esta criança, que se chama Amanda e que a mãe, por condições financeiras, não está podendo fazer muito por ela, além de procurar médicos que saibam o tratamento correto.
Se quiserem mais fotos e mais informações, pesquisem no google com o nome da doença e acharão a Amanda.
Postado por: Patrícia Simões.